E QUANDO SE LIGA UM PARELHO DE 110V EM UMA TOMADA DE 220V?

01/05/2017

A figura acima, nos últimos dias foi compartilhada nas redes sociais e gerou polêmica. De um lado algumas pessoas, baseadas em suas crenças, se posicionaram a favor da ideia, ao passo que outras pessoas, por entenderem a imagem pejorativa e homofóbica, criticaram de forma dura a imagem.

Baseado em conceitos científicos, este post vai discutir sobre a temática, que transcende o campo da Física, mas que serve de analogia para mostrar que não é ciência, mas sim, homofobia pejorativa o que está contido na imagem.

DISCUTINDO OS CONCEITOS CIENTÍFICOS

Em primeiro lugar, segundo o professor Gomes [1], o que faz a eletricidade ser propagada é a garantia da conexão dos condutores. Assim, do ponto de vista físico, dois "pinos machos" ou dois "pinos fêmeas" podem sim propagar energia, basta que se garanta a conexão dos condutores. O fato de se utilizar um "pino macho" conectado com um "pino fêmea" é só uma questão "convencional" que facilita a manutenção da conexão dos condutores.

Mas o que acontece quando se liga um parelho de 110V em uma tomada de 220V?

Mesmo que a gente não tenha muitos conhecimentos sobre eletricidade, a prática nos mostra que o problema está aí, pois quando se liga um aparelho 110V em uma tomada de 220V vai queimar, e rápido. Isso ocorre, segundo o professor Ortunho [2], por conta da recepção na fonte do dobro da tensão elétrica do outro sistema. Portanto, conectar um "pino macho" em "um pino fêmea" não é garantia de uma boa propagação de eletricidade.

Quem compartilhou essa imagem não poderia escolher uma analogia melhor para mostrar ao mundo como não se deve tratar as diferenças.

Antes de dar continuidade à discussão, gostaria de deixar claro que sou heterossexual, Católico e escolhi um modelo de família a ser seguido, o que não me dá o direito de desrespeitar as pessoas que optam por outras religiões ou mesmo não seguem nenhuma crença religiosa, tão pouco as pessoas que possuem outra ideologia de gênero.

A REFLEXÃO

Assim, fazendo analogia aos conceitos supracitados, se consideramos o amor como uma forma de eletricidade que deve ser propagada entre seres, este só terá êxito quando transmitido de modo harmônico entre suas conexões, independente de estar ou não em conformidade com o modelo "convencional".

Se considerarmos a tensão elétrica, como os desejos e a satisfação, o maior mal que pode existir é pregar a necessidade de um modelo "convencional" à seres com diferentes desejos, pois, ao se forçar isso, certamente um deles terá somente duas escolhas. Ou nunca ligar o comando para a propagação e assim se abster da satisfação, ou ligar o comando sabendo que, assim como a máquina de 110V queimará no 220V, ele estará fadado à deterioração por dentro pautada na manutenção de um status quo somente por fora, como se fosse uma casca.

Por isso, façamos o que acreditamos ser correto e respeitemos uns aos outros, para que possamos conviver com as diferenças, que estas possam nos ajudar a melhorar enquanto gente.

Professor André

FONTES ESTUDADAS

[1] https://www.ufjf.br/flavio_gomes/files/2011/03/Material_Curso_Instalacoes_I.pdf

[2] https://pep.ifsp.edu.br/wp-content/uploads/2015/03/apostila-de-pr%C3%A1ticas-em-instala%C3%A7%C3%B5es.pdf

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